Rosa Sangrenta

Data 22/06/2011 00:48:12 | Tópico: Poemas

Sou nada. Sem exageros

Sou o pó de café borrado delineando seu futuro

Adoeço-lhe simultaneamente. Meu reabilitar

Ao velar da rosa desabrochante

Bebo teu sangue, meu doce mel

Sem culpa, respiramos o mesmo ar

Tenso e intenso gozo. Prazer, destino!

Adoro teu silêncio como fogo no inverno

Tais palavras me cortam até sangrar

Ao desespero engolido como chá

O gole diz: não é necessário!

Alguém sabe a hora de parar?

Entendo o fato, pois penso demais

Mas nunca o feto. Eu fito a foto do futuro do Universo

Humano, ser que por nele não caber, nele não vai estar

Penso, logo adoeço.

É bonito o vôo de libido da libélula

No entanto, breve é o seu passar

Se ninguém é o que o outro espera

O que satisfaz um rato em sua infinita corrida na roda?

Desenho rosas defumadas em meu mais íntimo amar

Enquanto o pulso arde em chamas

A minha espera termina ao te encontrar



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=190125