VÍRGULAS ETERNAS

Data 26/06/2011 18:06:02 | Tópico: Poemas




Falo agora a ti saudade,
Pois deveras tem me levado,
Aos poucos tem me matado,
Vivendo em tempo de esperas.

Porque saudade aperta tanto o peito?
Que quase chega a sufocar,
Deixando- me assim de jeito,
De não poder-se aliviar.

Mas são nas lágrimas,
Que se encontra um passar de tempo vazio,
E as cartas que foram queimadas,
Percorrendo-me o corpo um arrepio.

Nas letras desenhadas em um papel,
Vem tirando meu sossego,
Tentando tirar-me o céu,
Tentando implantar-me o desapego.

Difícil é deixar partir,
Aquilo que um dia se amou,
Aquilo que nunca se pensou,
Que deveria deixar-se ir.

Mas a saudade respondeu,
Que aquilo que um dia foi meu,
Nunca o deixará de ser.

E que mesmo chorando,
Dos golpes vou continuar me levantando,
E deixando para trás o que partiu.



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