Para além do limbo

Data 28/06/2011 17:47:26 | Tópico: Poemas -> Reflexão

Seca-se o pranto no mar
das ribeiras translúcidas
de margens enlameadas
murmurando gotículas

Secam-se as estrelas
nas noites sem cor
das planícies lunares
raiadas de dor

Secam-se os cometas
trajados de sol dispersos
na poeira cósmica da morte

Declina-se o corpo
no entardecer da vida
fausto de partir
na transparência da luz
no ensejo final de renascer
na alvorada de todas as coisas
feito vida encadeada
na orla de si

E para além do limbo existe o limite
a essência de se querer ser vida
num parto parido algures…
dentro de si

Escrito a 20/06/11








Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=190791