
O POEMA NÃO ME ANGANA
Data 20/10/2006 16:50:00 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| O meu poema não me engana quando chega manso querendo ser brando/ ser samba ser rock ciranda de roda desanda
O meu poema não é desfile de moda é nódoa no brim branco/ destoa desanca/ desacata/ se rebela/ desata é sangria/ mênstruo soturno dá nó na palavra lavra sincera mas pode ficar chato se diletante dando volta em torno de si como agora fora!
O meu poema se esvai e volta/ não se esgota não se retém não se detém vai fundo/ até a última gota mas brota revigora-se na primeira chuva sobe Ele grita/ fura o asfalto/ sapateia/ faz carnaval
Poema meu que se preza tem peso/ mas não afunda inunda/ chove torrencialmente se infiltra milita mas não se limita rima mas não se alinha fácil desfia/ desafia/ desafina desatino puro grita e esperneia/ não se engana ele trama/ quebra tudo depois se reconstrói letra por letra (torta)
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