INEVITÁVEL NOSTALGIA

Data 28/06/2011 23:10:51 | Tópico: Contos -> Tristeza

Há tempos me sinto triste..., não me falta nada, mas me falta tudo! Entende?
Não tenho ido muito à casa de Deus, mas o tenho sempre em meu coração e pensamento, talvez..., talvez mesmo, a minha angústia seja a falta de lugares alegres, leves, verdadeiros, limpos, saudáveis e tranqüilos como é a casa Dele, não que a casa onde moro seja diferente disso. Não sinto necessidade de ir à procura dele em outros lugares, pois o tenho sempre aqui, em minha casa, mas quem sabe Ele queira que eu vá?!
Confuso o cérebro do ser humano não?! É tão complexo que nem mesmo o próprio ser entende.
Sinto-me inconformada com tudo, nada me alegra tudo me entedia. Não estou feliz comigo mesma, nada do que faço é bom o bastante, nem para mim nem para quem vive comigo, a vida roda entorno de bens..., bens materiais, o dinheiro é essencial, porque a felicidade é essencial, e parece que só o dinheiro trás felicidade. Frustrante isso!
Há tempos não faço nada que acrescente em algo, ou que mude algo ou que simplesmente me faça sentir independente, livre, dona de meus passos, pensamentos e conseqüências de atos que poderei cometer a qualquer hora, lugar e modo. O mundo era tão pequeno, o que o fez parecer tão grande agora? Olho para fora da janela e me vejo deslocada dele, olho e volto..., volto para o meu mundo.
Não quero que me vejam triste, por isso não demonstro, ou tento..., Não quero que saibam que estou triste, porque a minha felicidade, tristeza..., ou sei lá o quê, está ligada a outra pessoa, não sei se ela está sentindo o mesmo, demonstra que não..., e se estou triste, talvez ela pense que isso dependa dela, e isso eu sei que não, mas vai entender!
Às vezes quando para nós não há solução ou pensamos que não há, nos vem à cabeça a morte, acredito que não seja uma solução, mas acabaria com qualquer problema futuro, acabaria com tudo! Não tenho coragem de tirar minha vida, não tenho esse direito, mas isso não impede da morte vir até mim, quem sabe ela bate à minha porta e eu a deixe entrar?! Não a terei procurado, ela me procurou!



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