
Embriagada
Data 29/06/2011 02:07:56 | Tópico: Poemas
| Nós estávamos sendo observados pela janela A rua parou e os vizinhos indiscretos parados atrás de suas sombras Cada qual suspeitava de alguma idéia ridícula Sua saia curta estava toda amassada. A blusa molhada deixou mais intensa sua falta de censura Ria indiscreta e embriagada pela via Embaralhava pés e calçada Sua pele salgada já perdia as cores sadias E cantava como quem não sente vergonha Mas já era tarde e incomodava quem dormia Bailando solta não conhecia espaço nem gente Cada gole da sua angustia diluída dentro da mente Anestesiada não havia historia para contar Estado passado e futuro incoerente Os dedos frágeis e dormente Saudava os gatos com nobre pureza Acenava para o nada e caminhava se guiando pelas estrelas Mas era tarde,ninguém ligava para o espaço Ao longe os pontos de luz corriam de um lado para o outro O vento atravessava frio seus joelhos Reflexos humanos fugiam pelas paredes Não queria escadas,não sabia a altura dos passos Nada de conforto e o que era riso a noite apagou O silencio era a banda da sua voz alegre O vazio era o palco da sua historia presente Havia portas em cada casa,havia tantas moradas para entender onde estar Tempo para modelar uma lembrança Onde te deixei?
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