Afastando todas as sombras e nevoeiros que me entristecem, narro-me sem nostalgias, dos passados ermos os dias primeiros, em que o olvido se fez, imbuído de magias.
Na irreal realidade, entorpecendo o meu ser, só a poesia me acompanhou, com serenidade, e na luz ocasional da manhã, a rejuvenescer, ficou-me da alma a voz, chamada à humildade.
Assim escrevo, de felicidade os altivos dias, em que o verso não proscrito arreigou liberdade, e trouxe-me indómito até às minhas cercanias, onde o poema traz em si toda a verdade.
E onde sou eu solitário, brota uma expressão, feita de luz e de cor, um barco que vai à sua sorte, e o meu destino é escrever, talvez co o coração, esperando tranquilo, mantendo o porte.
Jorge Humberto 29/06/11
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