Sismo poético

Data 30/06/2011 09:58:03 | Tópico: Poemas

Escrevi sem medo de fazer
Dos versos um barco perdido
Que deriva na costa sem ter
Nunca de lá partido.

Escrevi o que minha alma gritava
Por entre ecos de desesperação
E por momentos, minha alma desesperava
Trivial desolação.

O medo irracional
Penetrava-me como uma flecha
Caçando o animal
Num acto de causar inveja.

Afinal, queria ser abismo
Da tremenda dimensão,
Queria ser escrita, forte sismo,
Alma irrequieta da ocasião.

Natália Bonito, in “Qu4tro Dimensões”

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