Estou preso aos meus sentidos, no pensamento é que me revejo, e nos sonhos algures perdidos, está o futuro, que não antevejo.
Das emoções ficam os lampejos, de alguma coisa aqui a se prever, e todos os meus anelos e desejos, ao coração se deixam submeter.
Formulo ideias e dúcteis ideais, construo mundos e sãs realidades, embrenho-me nos tempos actuais, pra que agilize as suas verdades.
De alma ligeira doo-me ao verso, em palavras que são de alento, neste mundo assaz controverso, fugir não deixo, o ágil momento.
Vou por dentro de mim até ao fundo, percorro caminhos conhecidos, encontro-me a sós com o mundo, e entrego-me a seres desconhecidos.
Quero conhecer suas considerações, descobrir as suas ânsias e desejos, na esperança que se abram corações, na liberdade crua dos ensejos.
E no me pensar, pensando nos demais, uma coerência se faz presente, de que afinal somos todos iguais, na afirmação do que é coerente.
E na exaltação de meu pensamento, busco em cada um o pretexto, que os leve a ter o inferido tempo, que faça que não sejam só um contexto.
Jorge Humberto 01/07/11
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