DESNORTE

Data 03/07/2011 20:13:42 | Tópico: Poemas

DESNORTE


Nos céus deste Lusitano rincão

Pairam nuvens negras, cúmulos cerrados

A prenunciarem inclemente borrasca

Sendo ainda dia faz-se noite

Que o sol, esse fazedor de vida

Qual guardião dos dias de sempre

Parece prometer ao homem

Vergastada solene, merecido açoite.

Nos céus deste rincão velhinho

Parece ter o homem perdido o norte

Incapaz de seguir o seu destino

Feito um tornado em desatino

Reclama de outros a sua sorte.

Num passado glorioso fundeada a ancora

Rumou para a frente sempre altaneiro

Não consintamos nós, filhos deste tempo

Que espúria rajada de inusitados ventos

Leve a pique o sonho do Infante marinheiro

Antonius




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=191330