
onde me enganei no caminho
Data 05/07/2011 16:30:33 | Tópico: Poemas
| uiva poesia, uiva insulta a tua estirpe sob a encruzilhada crucial ignora o caos prometido do teu esquadrinhado de sílabas.
aqui aplico.me à árdua tarefa de dar versos putrefactos aos abutres na expectativa de aprender e embelezar meus soluços.
aqui escureço a página enquanto as pupilas se espalham na colheita levantam a cortina, espreitam pela frincha cada vez que esforçadas mãos tacteiam , causas sem nome, sem que se dê conta, aprisionam.
aqui nego a solidão que se estende armadilhada de prazeres e esplendor obsceno com a plena alegria de crer.me “a mais desejada”
( estranha substância sem mesura, propaga.se fatal por tudo que se ama por esta vida solitária.)
aqui vivo nomes indomados, caudalosas paixões, bizarros ardores que fazem mudar teu espaço natural. e reconheço.te Poesia! com as raízes limites de cancelas e aldrabas batidas nas mais belas distâncias que o desconsolo invoca.
aqui, por dentro do que não sou passeio.me nas molduras de um poema longínquo confusa e confinada a um diálogo com os extintos tão dada à conversa e a sonhar em voz alta.
aqui a iminência metálica abalança.se, o silêncio perturba.se. rodeia.me em ecos como fio de prumo de duas faces: metade de luz, metade pez.
aqui levo.me à vertigem aparto.me de acessórios exteriores da alma.
que inadvertidos limites alcanço?
se onde quis edificar teu nome senti a indiferença de um desdém pedregoso ressurgia uma voz que me amaldiçoava negava a luz e o livre arbítrio qualquer espaço fértil ou semente.
onde me enganei no caminho?
(raspo os fungos de paredes fechadas)
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