Infância em tons de Saudade
Data 07/07/2011 03:41:01 | Tópico: Poemas
| Estava me lembrando do meu primeiro amor. Aconteceu quando essa palavra nem vazia parte do meu vocabulario Veio disfarçado entre detalhes Uma sensação que apenas hoje(18 anos depois...),trouxe alguma saudade Era mais do que eu poderia querer hoje em dia Daqueles pés que roçavam o meu,por baixo da mesa do refeitorio Ou aqueles sorrisos timidos,aquela alegria sussurrada em segredo... Ela tinha um coração muito fragil... E falo isso na mais real alegoria, Um coração que a tirava toda semana da escola E que por qualquer motivo desconhecido tirou ela do mundo "No universo nada se perde,tudo se transforma..." E cada pequeno detalhe que consigo lembrar vai se encaixando Pouco a pouco me sinto menos impaciente Menos ansioso para desvendar o que fez essa viagem ao passado mexer comigo Eu que atravesso o abismo da loucura sobre um fio de realidade vazia Fico tentando depositar nesse fantasma,um sorriso vivo Insisto em transmutar solidão em arte Em aplaudir meu inferno com pecados imorais Faço qualquer bobagem para esquecer da minha mascara, Mas quando se acende a luz dos holofortes,descubro que estou só E cada parede começa a se mover,me asfixia esse excesso de espaço...
Quando desperto Estou com a pele suada Os olhos perdidos E minha respiração fica vibrada no ar sem resposta ...
Os sonhos iluminados de uma inocência que perdi. Pesadelos que somei ao seu olhar. Esses pequenos detalhes que disfarço para não parecer amor sincero,mas na minha timidez é uma paixão com certeza. E passo a procurar mais disso que ficou abrigado No escuro do passado deixei minha melhor amiga Uma menina colorida de desejos Como saber que seria forte assim? O suficiente para eu querer até o fim Crer nesse encanto de uma magia infantil De festas decoradas com fantasmas Que me assombram com aquele sorriso delinquente Aquela franja,boneca viva de cores rubras. Se encontrar uma dama Com esse sotaque de mulher vestida sem pudor Mas com sentimentos coerentes,coração prudente e corrigido pela virgula de sua timidez. Uma vontade de povoar minha razão diluída Ser vestida dessa alegria de uma pessoa perdida. Mas seja uma nova impressão em minha pele E toque nos espaços perdidos que aquelas mãos não conheceram. Será assim a autentica namorada que pedi ao meu tédio santo.
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