Ainda nem são dez horas a noite começa a cair nas brumas do horizonte, a ânsia toma conta de mim…
Anseio o amanhã temo-o entrelaço o medo com a coragem na voragem dubitativa…
Os batimentos entoam num disparo alado um galope fulminante com os dentes cerrados prendo as rédeas para não vaguear nas nuvens do pensamento…
A inquestionável pergunta é o vulto da mente, as lutas repetem-se e porquê?
Será que ainda não mostrei que a coragem se verga mas que a não deixo partir para não ruir no medo de existir…
Embriago os tragos amargos da mente com imagens de luz que o âmago possui esculpidas na força da fraqueza…
Os grilos cantam os corvos regressam a casa os gritos que escuto são as rapinas que voam nos campos desérticos…
Um pomar vazio onde o meu poiso é o longo caminhar apenas agora que as memórias teimam em chorar sorrisos na penumbra da angústia que se revolta nas guardas do medo!
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