Começo

Data 09/07/2011 13:41:01 | Tópico: Poemas

Olá vida,
olá querer,
olá calçada.

Distendo o âmbar das mãos,
Comungando com o ar,
Rios de papel tão fino quanto
O ventre terreno que me gerou.

Esta é a jaula em que até hoje
sentia.

Olá vida,
olá poeira solar,
olá ventura.

Eis-me findo, ébrio, dissoluto, aprendiz,
Consubstancial ao pai.
Eis-me não mais em torno de magistrais
Bustos de ignorância.

Esta era a ciência que aplacava.

Olá vida,
olá magnanimidade,
olá infinito.

Este é o meu primeiro sopro.


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