Meu ser desastroso e inofensivo, vagueia por este meu quarto vazio, sem um gesto rude ou ofensivo, mesmo quando vem de lá o frio.
Severo narro-me, à beira mágoa, o esquecimento é uma realidade, tenho meus olhos rasos de água, por, no mundo, ver tanta inverdade.
Inerme caminho, a par de minha poesia, dão-me as flores, dos jardins cativos, toda esta imensa e palpável alegria, quando os momentos são mais precisos.
E vejo as crianças brincando no campo, da minha janela, para o fora, e deveras triste sinto-me, enquanto elas se resolvem, e seu séquito, ir embora.
Sozinho, na mente me vem à lembrança, quando da infância me parecia com elas, e uma ligeira e prometedora esperança, embala nos cortinados e nas bambinelas.
Humildemente assumo a emoção, que esta vida me traz bem devagarinho, e na alma, no pensamento e no coração, porventura já não me sinto tão sozinho.
Por isso escrevo com toda a fidelidade, a quem sou eu e ao que me é mostrado ver, sou um todo de um pouco de ingenuidade, que busca alegria das coisas belas, a acontecer.
Jorge Humberto 09/07/11
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