Liberto-me das amarras que me cingem, sou dono e senhor de meu tempo, e às coisas, que de negro, minha alma tingem, ao descuido não me dou, e ganho alento.
No focinho etéreo da palavra saúdo os versos, harmoniosos, românticos, conscientes, e sou, partindo de mim, todos os instintivos reversos, que das grilhetas se mostram ausentes.
Alto ergo o meu pendão, à estimada liberdade, e solto o vocábulo, teoremas e fonemas, que os poemas exigem, em toda a sua conformidade, mostrando do régio planto seus temas…
E escrevo como quem respira, do ar a fresca brisa, em reais exaltações, que à alma se dão, e à poesia, verticalmente coerente, junto-lhe a divisa, que ao poeta pertence, em toda a sua extensão.
Nascituros poemas, que à terra, eu dou a semear, em raiz se tornarão, às plantas por nascer, que as minhas mãos, no chão, irão então lavrar, os frutos, porque todos anseiam poder ler.
Fiz-me poeta, do mais alto de mim, inaudita embriaguez, que solta a rima, e a faz, no todo, destemida, sem véus pueris, nem estados de uma cerrada viuvez, porque para mim, poesia, é toda esta minha vida.
Jorge Humberto 16/07/11
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