Dourado Domingo

Data 17/07/2011 14:17:59 | Tópico: Poemas

À meia-noite
À meia-luz
Incensos hindus
Adentram pela porta.

Com eles chega uma senhora
De olhos que são dois céus azuis
Com o corpo curvilíneo, níveo e seminu
Exalando essências sagradas e odorosas.

Um homem, numa cama redonda, aguarda
Em uma ânsia danada, numa feliz amargura,
Que aquela senhora misteriosa e mui safada
Faça dele a mais feliz das mortais criaturas.


Agora não existem mais pecados
Libertos estão todos os desejos
Vulcões são dois colchões suados
Em mares de abraços, afagos e beijos.

Sangues céleres pelas aortas
Sexos em atividades violentas
gritinhos o ambiente entrecorta
Em notas suaves, mansas e lentas.

Um homem feliz nesse instante quase chora
Em êxtase maravilhoso beirando o divino
Por ter ao seu lado aquela mulher maravilhosa
Que faz ser todos os dias um dourado...Domingo!



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