Fragmentos 3

Data 18/07/2011 03:05:42 | Tópico: Textos -> Outros

Domingo pra mim é um dia especial é alegre. Hoje, encontrei muitas pessoas que conheço após a Missa. Pessoas queridas, que fizeram parte do passado, fazem parte do presente e possivelmente o farão no futuro. Quando se mora em um lugar por muitos anos, é assim, a gente acaba conhecendo todos.
O bairro onde moro é residencial e não temos por perto nenhuma comunidade dominada seja por quem quer que seja; não vou dizer que aqui é o paraíso, mas, os registros de ocorrência devem ser bem baixos.
Fui ao enterro dos ossos da festa de ontem; é engraçado acho que o Brasil é o único país do mundo em que as pessoas fazem uma festa com as sobras de outra festa, e a segunda sempre fica melhor. Além disso, todos queriam assistir ao jogo da Pátria amada, salve, salve! E, com amigos, isso fica ainda melhor. Bem, como você também deve ter assistido: o resultado não poderia ser pior.

In off > MIGUELJACO, hoje comi uma deliciosa cocada e lembrei do seu comentário, quanto a colheita do coco, o modo artesanal é bem difícil e longo, se não se tem uma vara bem grande e rija, sempre se rala na escalada...
>CAITO, a curiosidade é uma velha amiga, por ela sempre segui longe, perto, rápido, lento e quebrei muitas vezes a cara, mas nunca me arrependi, nem voltei a trás, por isso, tem a minha total solidariedade...
>GABRIEL, o suspense me fascina, me prende... O mistério nunca deveria ser revelado, deveria ser oculto e inatingível, pois quando se aproxima dele... Bem talvez a sua revelação não fosse aquilo que pretendíamos, espero que isso não aconteça conosco...
A educação nos diz que devemos dar respostas aos recados deixados, não sei bem como funciona por aqui, se devo responder, sejam claros, mas se for apenas um comentário também. Bjos.

“Minha mãe achava que eu tinha que ter uma amiga, andar com meninos e fazer o que eles faziam não era coisa para uma “mocinha”.
Bem, minha primeira amiga se mudou para a rua em um domingo. A família grande, o pai era pipoqueiro, e a mãe lavava e passava pra fora. O nome de todos os filhos começava com a letra J; ela e o irmão mais novo eram exceção, ela G e ele R. Como lá em casa, nossos nomes começam com a letra S (Ah! Esqueci de comentar, eu tenho uma irmã, bem, mas ela não fazia parte do meu time, gostava de brincar com bonecas... Por isso, quase nunca, nunca mesmo fazíamos parte do mesmo grupo, a não ser que a brincadeira fosse bandeirinha, queimada e pique-lateiro, dessas, ela gostava e se juntava a gente).
Então, a G tinha um nome horroroso; Desses que a gente só encontra por acaso em uma bula de remédio antigo, porque um FDP de um pai ou mãe sem inspiração de repente inventam de colocar em seus filhos, pois achou diferente.
Não lembro quem se interessou por quem, mas desde a primeira semana ficamos bem próximas; Era mais velha que eu uns 4 ou 5 anos, e não valia NADA!
Aqui perto, temos vários quartéis, e os soldados passam pelas ruas do bairro fazendo sua corrida matinal; agora você deve estar perguntando “E o Kiko?”, bem ela passava lá em casa bem antes da hora da escola, alegando que para os estudos, deveríamos ser as primeiras. Não demorou muito para eu perceber que o seu interesse não era chegar cedo à escola, e sim ver o desfile de uma tropa correndo sem camisa pelas ruas...
Minha mãe estava super feliz! Enfim, “sua filhinha agora tinha uma amiguinha e se comportava como uma verdadeira “mocinha”... ””

Fala aí menino, rimei direitinho não? Estou chegando perto de versos poéticos?
Boa noite.



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