
Intemporal
Data 21/07/2011 14:19:02 | Tópico: Poemas
| Renuncio. Que as minhas mãos estão tão mal acabadas, os rascunhos ainda lhes são visíveis. Por todo o lado. Vai. Estou a falar sériamente. Vai. Tão cedo? Pode ser. Ainda podias ficar mais? Tanto melhor. Mas vai. Vai lá. Deves ter que fazer. Mais que. Suponho. Ainda não é hora de partires? Não, nada tenho agendado. Permaneço. Como? Existindo continuamente. Exacto, com(o) uma função. Ainda não é a hora de ires? É sempre hora. Pode não ter chegado. Seguindo o ocasional, materializam-se atrasadas, já. Que bom. Insistente? Possivelmente. Saudade? Ausente. Dormente, precisamente, convém. Lá está, renuncio. É sempre tempo. Repito. Dou-te tempo, se necessário. Para que tenhas tempo. De ires. Porque não? Faço-o porque não sei. Tenho alternativa? Se assim o quiser. Quero. Mas renuncio. Uma vez mais. Curioso. Ao nada, ao tempo, ao estar. Ser, quase. Ao tempo que estimar. Para ir. E voltar. Evidentemente.
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