indiferenças

Data 23/07/2011 11:29:47 | Tópico: Poemas

a pedra soletra
as sílabas do som perdido
perante ervas e silvas
que germinam em suas bermas

uma extremidade latente
liberta de todas as raízes
se inquieta
na origem de cada anoitecer

porém
estabiliza
na acalmia da alvorada

consequente
à solidão da noite

no solo em que habita
renasce o soletrar
onde a sonora palavra não é vã


António MR Martins

2011.07.23



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=193299