AMIZADE CONSCIENTE

Data 23/07/2011 13:42:06 | Tópico: Textos

AMIZADE CONSCIENTE

Estamos vivendo o mês de julho e precisamente no dia 20/07 comemoramos o dia do amigo.
Amigo é o maior tesouro que se pode achar na vida.
Analisemos o que é um amigo: Nem sempre é o que se diz amigo, menos ainda, o que nos abraça e está sempre se desmanchando em sorrisos; o que nos fala sempre com palavras brandas, doces.

Encontraremos o amigo verdadeiro na clareza das ações, quando essas condizem com as suas palavras – isso, é raro.

Por muitas vezes por trás das palavras brandas e doces se encontra um coração que não se dobra verdadeiramente ao amor; um coração rancoroso – Ninguém pode ser bom em uma área de sua vida e seguir ferindo à outros, o amor é um todo indivisível ( Mahatmam Gandhi) – que, mesmo tendo ciência do erro, jamais se desculpa. Prossegue o seu caminho, como que, se nada estivesse a dever – espiritualmente falando – “A mágoa resseca os ossos”. Sabemos que quando erramos sem que nos desculpemos, isso refletirá na nossa vida espiritual. “Examine-se o homem a si mesmo”.

Teremos da vida segundo as nossas ações e pensamentos. É importante o reconhecimento do erro.Tiremos a venda dos nossos olhos; façamos uma autoanálise das nossas ações; sejamos dignos e nobres em reconhecermos onde erramos.

O amigo deve ter senso de justiça para com a outra parte. Essa justiça deve começar dentro da própria casa. Justiça requer imparcialidade no julgamento – falo do discernir o certo do errado, não do pronunciamento condenatório. Certo é o que está certo.

Jamais deixemo-nos levar por amizades ou laços consangüíneos , na execução do nosso parecer.

É responsabilidade de um amigo reconhecer erros e acertos de quem se tem por amigo. Porém, o discernimento desses erros, não deverá cooperar para o detrimento dessa amizade. Estando certa ou errada, a amizade prevalecerá.
A verdadeira amizade aplaude na hora certa, ralha no momento exato – o amigo difere do bajulador. Amigo é o que mostra o erro, sem que seja conivente com ele – o que é conivente com o erro se torna um com ele.

A verdade liberta, mesmo que, venha sacudir, ao que costuma pensar estar e ser sempre correto, dono da razão. Chegará o momento em que haverá o despertar. A verdade, antes dolorosa, julgada ultrajante – embora libertadora –, veio através de um verdadeiro amigo.

O amigo critica construindo. Jamais fala mal sem que esse esteja presente.

A maior fraqueza do ser humano é falar de quem, enganosamente, nos tem por amigo, na sua ausência. Impossibilitando a sua defesa e explicações; pensar conhecer tudo e a todos, em profundidade; fazer conclusões próprias, sobre fatos e pessoas que, em verdade, são completamente diferentes do que se imagina, atraindo para si coisas negativas

“Nem tudo que é parece ser e nem tudo que parece é”.

Receberemos da vida não mais, não menos, do que pensarmos ou executarmos contra o nosso próximo.

Lembremos de uma palavra que faz parte, integra e é imprescindível na amizade – “fidelidade”. As duas são ingredientes perfeitos do amor.
Havendo amor há fidelidade. Na falta dela, o amor estará em falta.
A infidelidade nos conduz a vários caminhos e buscas. Quem encontra o amor não tem o que e/ou a quem buscar – já encontrou.

Não lhes falo sobre o amor Eros, mas sobre o amor Ágape, Zoe, este último é o amor que deve existir entre irmãos, amigos – o puro amor de Deus. O amor que existiu entre Jônatas e Davi e vice-versa.
O amor que Jônatas sentia por Davi transcendia ao amor de muitas mulheres. Essa verdade bíblica concerne, ao fato de que, muitas vezes não se encontra em uma mulher: sinceridade, fidelidade. O amor nela existente, não é suficiente, para uma convivência em honra, transformando a confiança, nela depositada, em traição.

Dessa forma, a fidelidade e sinceridade existente na amizade entre, o súdito – espiritual – Jônatas e o rei Davi era tão excelente, e, pura que transcendia ao amor de muitas mulheres.

O puro amor de Deus sem nenhum sentimento contrário a verdadeira amizade; sem nenhuma referência a sexualidade. Nada mais além, nem aquém. Amizade em amor e justiça.

Importava a Jônatas agradar a Deus. Os laços consanguíneos não o afastaram da retidão. Ele sabia que o seu pai – o rei Saul estava enlouquecido pela inveja e ciúmes. Deus era com Davi e estava com Davi. Sendo ele contra Davi seria contra Deus.

Na verdadeira amizade há senso de justiça – o certo jamais deixará de ser certo. Isso é agradável a Deus.


Desejo a você a felicidade de encontrar um amigo verdadeiro.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=193309