No róscido da madrugada despertam as flores. Suas leves fragrâncias espalham-se pelo ar, entrando nas janelas abertas, dos meus amores; e ouve-se ao longe, dos pássaros, seu chilrear.
Depois da bruma o sol, eterno e resplandecente, que vai pelas coisas, como que adornando-as. De ricos brilhos se mostra, a quem passa ordeiramente, pousando nas nossas mãos, acariciando-as.
E as crianças vêm para a rua, brincando de bola, e outros jogos, que elas muito bem sabem inventar. Parece até que são impulsionadas por uma mola, quando cantam e saltam, sem nada as importunar.
Passeiam-se casais apaixonados, trocando confidências; caras metade, contagiadas por uma estranha alegria. E o sol, em singulares e esquisitas incidências, espelha-se nas águas do rio, completando a magia.
Jorge Humberto 23/07/11
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