ME PERFAÇO NO RANÇO DO EXISTIR.

Data 27/07/2011 00:32:34 | Tópico: Prosas Poéticas


Me perfaço no ranço do existir,
Tenho corpo sem espaço definido,
Alma vazia.

Me desfaço quando instigado,
Reacendo em seguida por indução,
Sem representatividade,
Desfeito de eloqüência.

Não falar é relevante,
Estimulante.

Meu eco não deseja ressoar.

Versejando me identifico,
Tanta aplasia cria um vácuo,
Mesmo sem teu alcance,
Tem efeito retardatário.

Pra romper barreiras me destruiria,
Ou desistiria de ser uma força,
Deixando-me levar pela esperança.

Pudera eu penetrar,
E desfazer a maldição,
Nem santidade,
Nem agouro.

Caso houvesse a sentença,
De certo me refutaria.

As forças atuam em sentidos contraditórios,
Mas a insistência me comove,
São duvidosas as nuances,
Narram cenas desoladoras,
Invisíveis,
Sem ação criativa,
Almejando preservar-se por inércia.

Estas sentenças seriam relevantes,
Mas não há quem as decifrem.

Pois trata-se de forças não identificadas,
Ou habitam o universo inadequado.



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