Tic Tac

Data 29/07/2011 13:26:13 | Tópico: Poemas




À hora do crepúsculo
O meu coração acelera,
Uma sensação externa domina
O meu corpo que responde
A estímulos que desconheço.
É a hora da anunciação
A hora que a respiração aumenta,
A hora da contagem decrescente
Para um encontro platónico
Do ter e não ter
Do ser e não ser
Mas de sentir e retribuir.
A esta hora danço como uma bailarina na tela de Degas.
Rompo o mar como Dali para te encontrar.
Estico-me na esperança de te tocar
como a criação de Miguel Ângelo.
E é nesse esforço que chegas...
Meu peito abre-se e dele
Rompem luzes que sobem aos céus
Agradecendo à Lua que acorda
E nos abençoa nesta loucura tridimensional.
Um turbilhão de emoções
Envolve-nos arrancando nossos pés da terra.
Levando-nos a um momento mágico,
Ao auge do clímax
Onde apenas só nós existimos
E o resto são meras sombras de nada.



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