
Aneroxia
Data 31/07/2011 13:58:30 | Tópico: Poemas
| [Atei-me aos pilares frágeis da solidão aos pedaços incompletos do coração nesta minha caminhada, só, cedi ao padrões, a beleza, a futilidade. Morri.]
Teus olhos se vendaram, o azul do céu pôde esquecer Teus ouvidos foram tampados, o som da vida a se perder tua boca foi costurada, a voz, com as palavras engasgadas o sono perdido, o sonho parado... ó, tua triste madrugada.
[Minha alma se esvaiu, perdi-me do sentido, da existência completamente só de mim, com minhas lágrimas, sem inocência eu ainda rogo, por uma luz, um pequena luz, para me salvar destas pessoas, destas perdas, desta angústia... do constante silenciar.]
Mãos impuras da ignorânica, tocaram-lhe a cabeça, afagaram o toque frio escondido, sugava a tua força, tua vitalidade em teu corpo áspero, marcas se instalaram na solidão do teu quarto, chora, de ti tens eterna saudade.
[Reflexo de mim, tento me esconder Não me reconheço, medo de me ver. Esta não sou eu, modelada às mãos desconhecidas roubaram-me tudo, olhar, sentimentos, vida.]
Sob tua pele pálida, descorada de emoção ainda bate, silencioso, um fraco coração dormindo este teu eterno sono que, aos poucos, te traga este pobre coração ainda há de parar, matar palavras.
[Meu corpo escasso de desejos, de voz, de mim é habitado por um vazio, se deteriora enfim.]

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