Ruínas

Data 04/08/2011 20:12:26 | Tópico: Poemas

[Do pó, imploro-te o perdão.]

Entre a obscuridão das pedras
que se amontoam na decadência,
entre as fendas da destruição
que se perdem na loucura,
eu rogo...
demente
que nos olhos, as lágrimas se tornem poeira
e no sorriso, a alegria se desmanche com o vento.

[Do pó, imploro-te o perdão.]

Com a minha face caída de expressão,
com os tons borrados curvados em mim
eu rogo...
simplesmente
demente
porque pedaços de mim ainda estão inteiros no chão,
outros pedaços estão se desfazendo
e alguns já se desmacharam por completo
perderam-se.

[Do pó, imploro-te o perdão.]

Então,
no redemoinho de areia do meu ser
na linha do tempo da minha partida
andas sobre o cascalho do meu coração.
A minha voz se encontra na fúria do vento
que ás vezes sopra perto de mim,
eu rogo...

[Do pó, implorei teu perdão]



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