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    	Data 04/08/2011 21:12:44 | Tópico: Poemas
 
  |  Amordaço a vontade Escrever O acto  (ato) Porque não ato o acto E o atiro ao rio Da ostentação As palavras  Entopem-me a mente Cansada  De não fazer nada Quem diria  Ainda ontem O corpo rogava descanso
  Ato a mordaça Encosto-a á ombreira Da porta que fecha
  Faço amor Com as palavras Reinvento vocábulos O meu imaginário Lotado de vivências É o caos Da minha existência Tudo se mistura Na obrigação imposta  De não fazer nada
  Resta-me a novela A televisão As fugidas criminosas À tela dos sonhos Amordaço A vontade de lamentos Para quê Um sorriso E um brilho num só olho São as coisas boas No momento
  Esta minha cabeça Que não me dá descanso Escrevi mil poemas Numa semana Reinventei Toda a minha existência Tolerei Os olhares incrédulos E ri-me Das dores que pressenti Pois Sem um sorriso A vida  É muito mais complicada. A minha cabeça Cansada Roga-me ardentemente Que despedace  Palavras Lhes triplique a semente.
  Mas a mordaça Segreda-me Tens que ser paciente.
  Antónia Ruivo http://porentrefiosdeneve.blogspot.com/
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