
Ricochete
Data 06/08/2011 06:33:11 | Tópico: Poemas -> Amor
| não matarás meus sonhos! (recado)
ano difícil! ...complicado, turbulento, desgastante desiludido, estúpido, cruel, sentido, incerto... incorrecto.
a vida traz sempre coisas que não queremos nem buscamos nem sonhamos mas enfrentamos.
lutamos, choramos e sorrimos mesmo que tristes, mesmo que dilacerados por dentro. e se há amor não há ódios, aqui não entram! esbarram-me e fazem ricochete!
por isso, a certeza de que tudo isso não vale a pena fica, porque não vale mesmo!
mesmo que a noite caia ao nascer do dia, mesmo que a vida seja um eco que sempre fala mais alto, e que se ouve mesmo que distante... vou soltar pétalas e perder espinhos mas hei-de arrancar-te e ganhar forças!
arrancar-te cá de dentro e perder-te as folhas. suicidaste-te dentro do meu peito porque assim pediste. e as folhas, usei-as como abraços ternos e meigos, mas não sentiste.
mesmo sabendo que não merecias dei-tos sem nada em troca... fui sempre boa e fizeste de mim, cruel!
agora, espero recolher o que plantei e na quietude do meu ser, saberei esperar. já ganhei, ganhei-me, venci! venci-te! mesmo sabendo que nalguns momentos não fui exacta, sabia que na razão desses estados, estavas tu, não eu. por isso és culpado que me acusa.
sempre fui eu, a mesma sempre estive aqui, não fugi nem mudei! tuas acções provocaram-me reacções e causaram efeito. ficou uma pedra de gelo cá por dentro, que nem o amor vai derreter!
se agora é só perdoar para perdoar-te, será treta. aquela barreira construída, ficará para sempre. foi isso que pediste, e jamais será ruída mesmo que chegue um exercito! mesmo que que a lei universal, mude, serei rude!
sou o que fui e o que sou, sou e gosto. por isso tudo digo que baste e chega perto... e se vens a trazer-me bons modos serás bem recebido gosto de bons modos, caso contrário, sano-te! sem penas sem folhas sem asas, dos espinhos fiz pregos que um dia vão cair-te em cima da tua chuva!
ensinaste-me, e aprendi que não posso dar todos os dedos!
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