A Resignada Rosa

Data 09/08/2011 15:33:57 | Tópico: Poemas -> Desilusão


Os ventos de outono
Varrem as pétalas para longe
São partículas do meu corpo sem paradeiro;

Então quase nua
As tuas mãos me aguçam para um acalento
Repousa meu caule violentado;

Sangra na carne viva
As dores dos espinhos da saudade
Leva-me para longe o vento sem destino;

O manto da natureza é subversivo
Logo vem a primavera e me cobres
Outra armadilha da beleza que me fere;

Chora o orvalho a solidão
Mata-me a sede na semente
E ludibria a minha resignação;

Quando encontrar-me encolhida
Não chores pela morte repentina
Outras lhes trarão tristezas e alegrias;

Porque são assim as primaveras
Porque é assim a vida.



Pela autora Christine Aldo – Agosto de 2011 no dia 09.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=195069