Nas filigranas, de teus olhos sadios, sóis despontam, na manhã primeira, em que o orvalho vira água, nas tuas mãos, suaves como jóia aquática.
Os jardins encontram-se floridos, à tua passagem, e mariposas te rodeiam, para receber as tuas doces fragrâncias, que exalam de teu corpo, divinizado.
Enquanto caminhas, hierática e segura, levas a cidade solta nos teus cabelos, e um mui franco sorriso, de satisfação, esculpe teu rosto, de tardes amenas.
E teu corpo femíneo e cheio de graça, encanta e subleva, os meus sentidos mais profundos, e em silêncio, o beijo tão almejado, encontra-se com os lábios.
Felizes caminhamos, estradas a haver, e a cada nova descoberta, uma ânsia de renovo, como um mar de galgos, enrolando espumas, nos cristais da areia.
Jorge Humberto 09/08/11
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