Sentado eu estava Ali no divã do tempo Caminhando com meus botões Nesse mundo de sonho Revivendo e chorando meus momentos Minhas paixões e lutas Herói de mim mesmo Fui pagar meu resgate Perdido lá no fundo do meu coração Porque um dia num passado recente Fui refém do amor Que contido de agressividade me contagiou Me fez sacrifício no cativeiro da sorte Pedindo tão pouco, quase nada Apenas um amor que me bastasse E me tirasse das amarras da repartição O cupido era testemunha Mandou sua flecha na direção errada Atingiu duas vezes a minha pessoa Ninguém se apresentou para me resgatar Só o tempo, que esperou sua vez para dar um lance De seqüestro à leilão Fui arrematado ao amor desconhecido Só lágrimas a me esperar Pois o amor da bela moça Que me tinha em suas mãos sedosas Partiu... Pagarei com a vida, pois não valorizaram o sentimento
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