Corpo nu na escuridão da noite
Data 07/10/2007 21:22:31 | Tópico: Poemas
| Corpo nu na escuridão indirecta Corpo leve despido de vaidade Impermeável Mão lenta Rosto entreaberto Como se oferecesse sorrisos Mente atenta ao destino
Corpo desfeito Corpo em recusa Onde nada te ofende…
Corpo que se nega Na angústia de um pedido Corpo que as lágrimas atravessam Resvalando suavemente Coincidência que as mãos segredam Corpo cansado e transparente Que as horas da noite em si temem Longos espasmos de frio Correm pelas esquinas da pele Que os dedos sentem Em silêncio Numa solidão de pedra
Corpo perdido Em amargos gestos Que em si sepultam Ondas de calor Onde este corpo se lamenta
Manuela Fonseca
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