O vento assobia as árvores arrepiam-se. Enquanto a lua se erguia, os lobos uivavam-se.
Os cânticos celestes soam-se, instrumentos como o violino, as harpas, voam-se pelos céus que me destes.
As folhas, soltam-se bailando suavemente e chorosamente. Como se tivessem feito escolhas errando, humanamente.
A água imensa de cristal, estilhaçou-se… aquele brilho astral, sufocou-se.
Desceu um anjo até mim convidando-me para dançar ao som da sua voz, tão suave quanto Jasmim, disse-me para me levantar.
Eu levantei-me e aquela melodia tomou conta do meu corpo. Eu não me sentia nem falava tão pouco.
À medida que me fui deixando bailar os meus pés, iam-se distanciado do chão. Não sei como irá esta dança acabar. Sinto-me com paz que ilumine toda a escuridão.
Em movimentos sinuosos, entrego-me aos céus. Dizem-me os anjos carinhosos, ‘sonhos belos com os meus’.