São imensos os lagos que choro. São imensas as saudades que me esgaravatam. Era sempre tão pouco o teu demoro, mas, este até as almas mais fundas desacatam.
Nem mesmo elas resistem, ao te verem partir sem mim. Porquê que a tudo assistem? Só espero que repugnem o fim.
O meu corpo deixou de responder às suas necessidades. Em tudo crava: ‘vou morrer perante estas crueldades’.
Alimento-me de esperanças, bebo as minhas lágrimas salgadas. Descontento-me com estas minhas crenças que outrora foram tão sagradas.
Espelhos que me olham com desdém, estilhaço-os com a minha mão que sangra quando lhe convém que diz não a outra salvação.
Estou perdida… de joelhos ao peito, sentada chorando como uma criança. Fui eu que me teci nesta malha iludida sem querer saber do seu conceito acabo nele envolvida como uma trança.
Estou destruída… não vais voltar e eu aqui hei-de enlouquecer. Estou simplesmente enfurecida, se ias partir que sentido faria eu nascer?
Eu já não alcanço nada nestas quatro paredes… só me grito, só me arrasto… Não sei solidão porquê que a mim agora te rendes agora que o meu campo de flores está devasto.
Irei recusar-me a responder à vida! Não quero mais sofrer… Nunca me vou conformar da tua ida só quero ao teu lado renascer!
Agora que as paredes já nada me dizem o meu corpo suplica pelo auge do sofrimento peço que as almas agora me pisem e me levem ao julgamento.
Estou pronta, meu amor para deixar este corpo e te amar para a eternidade. Não sentirei mais dor, depois de te ver, minha claridade!
Imagem forneceida pelo motor de busca Google e video do Youtube.