Tenho, em meu coração, uma borboleta; de fulgurantes cores ela é, percorrendo a suavidade de teu rosto, e lá pousando, em teus olhos, seu encanto.
Tenho jardins, que me nascem das mãos, nas ampolas de meus dedos; e com elas te visto, de nardos e de orquídeas, na desfolhada, da manhã primeira.
E tenho ainda cavalos à solta no meu peito, correndo pela orla de teus lábios; que vão desaguar nos meus, como pássaros, feitos de almíscar, de um desejado beijo.
Galgos de espuma, arremetem contra a praia, transformando-se em pequenos cristais, que ousam subtilmente, tua pele feminina, na minha; numa unicidade composta, de uma beleza impar.
E tenho também cascatas, de águas puras; anelo de meu anelo, solvendo as cores do arco-íris. Ai, meu amor, quem dera, que cheguem até ti, os vários matizes, que aqui te ofereço!
Jorge Humberto 17/08/11
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