Como um rio indo pelas suas margens, procurando o refúgio de sua foz, assim sou eu no encontro de teus braços, no aconchego de teu ventre, que me sossega.
Como um jardim, repleto de mil cores, dando-se ao sol, que o poliniza, eis o nosso amor, em asas de mariposas, cobrindo o nosso chão, de novas sementes.
Como um imenso campo, de erva verdejante, onde o olhar é firme, ante a emoção, assim nós, numa intensíssima harmonia, que é mister do verso, que versejando vou.
Como aquela floresta, a perder de vista, que tem da passarinhada, os belos gorjeios, de mãos dadas caminhamos unificados, escutando nossas vozes, a meio à natureza.
Como um barco de regresso ao alto mar, percorrendo espumas e os azuis dos azuis, são os nossos sonhos viandantes, trazendo-nos à memória, o que não cala.
Como tudo que é e logo permanece, porque assim é e nasceu para ser em nós, do amor fazemos nosso baluarte, e alto o pendão, cumprimos nosso enlace.
Jorge Humberto 19/08/11
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