Veritas in vino (cont.)

Data 11/10/2007 13:25:55 | Tópico: Textos

A seriedade do tema, levou-me a re-analizar o texto escrito anteriormente.
É gratificante ser confrontada com vários pontos de vista do mesmo tema.É desta forma que tenho(temos) a possibilidade de formar a nossa própria opinião.

Sem receios de castração devemos sempre expor nossas opiniões,digo expor,não impor.
Faz parte da natura humana não dar um "compasso de espera" para que a troca de informção flua naturalmente.
Tendencialmente, queremos fazer prevalecer os nossos pontos de vista. É ancestral o domínio.
Posso dizer que no nosso código genético para além dos cromossomas(registos fisícos),existe um historial hereditário cultural: valores intrínsecos(existem estudos nesse sentido),daí as diferentes personalidades e comportamentos. Não é à toa que determinados indivíduos terão mais apetências para determinadas coisas que para outras(o que chamamos vulgarmente de "dom").

Por estas e muitas outras razões será leviano fazer juízo de valores,traçar perfis, descurando causas/efeitos.

Pessoalmente tenho "paixão" pela espécie humana,pela sua tremenda força revitalizadora.
É assim que eu vejo as pessoas como raros espirítos reinvidicativos de antigos e actuais prestígios,com o poder de encantação,de transposição dos secretos ritmos do mundo,da vidência, magia, e ciência.
A força e o tempo para me elevar um tudo nada acima das paupérimas formas de vida que, sem elas eu seria.
Onde a conjugação tenebrosa da religião,do capital e tudo mais, que dispõem de um eficaz arsenal de artifícios para manipular o Homem,transformando-nosem seres vis,degradando o sentido do Maravilhoso, substituíndo o Amor e as altas circunstâncias da vida que nos realiza ,por fórmulas obtusas e vulgares, que são o penhor do poderio, da mediocricidade e da miséria.

É neste cenário,onde tudo parece inexistente e o que existe parece que vai dar ao "inferno" que vivemos.

Neste momento deveis estar a pensar:"mas então quem faz
isso não é o próprio Homem?".

Mas em todos os tempos,naturalmente as questões e os feitos dos não acomodados ao sono,os "Guardas-Avançados" do espiríto,atentos na bruma que nos impede de ver mais além,procuram espaços iluminados onde se possa abrir caminhos de emancipação do SER/do Homem.
É assim que eu nos vejo,vos vejo. Na imagem poética da nossa existência, nas palavras tais como eu as concebo, que resultam do choque das forças atractivas, de dois polos magnéticos que ocupam um lugar primordial, que cada um de nós na sua soberania individual se coloca:
- Ou no polo da tirania,ou no polo dos "Guardas-Avançados".


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