Sinestesia

Data 26/08/2011 15:11:29 | Tópico: Poemas -> Amor

Como se fala de algo que é proibido!?

Amo o ser que de noite me protege
Detesto o que me acompanha de dia
Rogo para que demore e delongue
Anseio para que chegue com alegria.

Há uma voz que me percorre as veias
Se apodera de mim, me levanta como se fosse vento
Vai e vem como se fosse mar
Um abalo de ser e ter com tudo e a totalidade
Uma agitação do ambíguo
O que subsiste e o que cessa.

Amor, conta-me!

O vento volta com robustez
Enrola-me, levanta-me e envolta num lenço níveo
Me suspende sobre o nada…e eu…
Eu sinto
A ponta dos teus dedos no meu pescoço
Descendo, ate meus seios
Prosseguindo … prosseguindo… prosseguindo
A minha posição altera a minha respiração afoga
O meu ventre teus lábio beijam, o meu corpo o teu todo anseia
Não comporto todos os preliminares e meu ar quente e atraente
Grita por ti
Segues levemente e com teu cheiro me agito
Com um tom guloso e com gosto sorris ao meu ouvido
Desespero num gemido
Que de pequeno não tem um grito
E desfrutas do meu ser, tremes de prazer
E com ternura me afagas enquanto me baixas
E num sopro te apagas.



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