
DO NADA RESSURGINDO
Data 11/10/2007 16:19:51 | Tópico: Sonetos
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Foram tantos anos desdenhando do amor, Entregando-me a um fado quase sacrilégio, Que eu chego a temer perder o seu pendor, Da desdita me afastar e todo seu sortilégio.
Ainda assim, guardo comigo, o breve louvor, Que foi não ter perdido, do mundo régio, Toda a sua contestação, preservando o calor Das ruas e da fronte o armistício de um colégio.
Porém a vida fora madrasta comigo mesmo, E quando eu tentei obter a sua assunção, Não colhi mais que um restrito mundo a esmo.
Hoje, não dou nada por dado, a luta se faz Dia-a-dia, com a força que tem um coração, Que, ferido de morte, de erguer-se foi capaz.
Jorge Humberto 09/10/07
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