Quando não estás, sofro tua ausência, e caminho sem nexo, neste quarto que me sujeita, ao mais triste desengano; forças se me perdem e toda a vontade.
Procuro então no verso mais puro, trazer-te até mim, lindas flores no cabelo; e caminhando vens, de sorriso na face, que a mim muito me encanta e alegra.
Eis então, que quando juntos, a prata explosão, desencadeia novíssimas vidas, e os jardins se ataviam, a nossos olhos, com as cores mais belas, que nos é dado ver.
E este amor, que aqui tento descrever, tem em nossas pálpebras, um imenso mar, que a lonjura chama a si e ao vil silêncio, como redomas de finos e obsoletos cristais.
É contra tudo isso, que devemos lutar, porque quanto mais longe, mais perto de ti. Não me queiras, só por instantes, pedaços de outros tantos pedaços, fugidios.
E assim, a distância a nós, se fará perto, nas conversas tidas, como fulcral alimento. Pensa em mim pois, como eu sói fazer, e as portas se abrirão, num perfeito consenso.
Jorge Humberto 26/08/11
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