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    	Data 29/08/2011 06:54:37 | Tópico: Poemas
 
  |  Eu precisava, preciso ainda...  de uma ilusão como norte; mas caminhei entre espelhos; e te vi, te vejo, em mil imagens, especulares imagens, alucinações, posições de gozo que inventamos em horas de soltura das nossas mentes!
  Eu insuporto a perda do futuro, e tu és uma futuração além, além do meu abraço,  muito além do meu laço!
  Tu estás no Amanhã, e assim, estás, estarás, onde eu não estarei - sei do cálculo de probabilidades, nunca fui muito bom neste cálculo, mas sou suficientemente lúcido para saber que o Amanhã só te pertence.
  Saio agora... Perdoa-me, se podes... Isto é, se podes enxergar nossa cena através desta efêmera fenda do tempo que ligou o teu mundo ao meu mundo. [Uma taça de vinho me socorre agora; experimenta, te dará aquele muito necessário esquecimento]
  Eu vejo bem:  se eu não soube viver-te, eu devo apenas saber morrer-te.
  [Desterro, 29 de agosto de 2011]
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