Meus olhos, que antes eram rasos de água, por a vida me ser injusta, de te ter, assimilaram o sorriso, que de ti colhi, em forte emoção.
Hoje, e passados mais de trinta anos, sofrendo os algozes, de minha imprudência e falta de informação, dir-me-ei feliz, tendo-te a meu lado.
Pela liberdade me incitaste a voar, em palavras de apreço e de coragem: e um novo sol se fez presente, que eu via refulgido, no teu rosto.
E entrelaçadas as mãos, buscamos, de cada um, o amor que se nos oferecia, no aconchego das belas flores, que do chão aos olhos se enobreceram.
Eterna luz, de minha luz, mais serena, contigo aprendi a amar de novo, e a apreciar a beleza das pequenas coisas, nesta minha curiosidade, de um apego sincero. E acredito, que na tua humildade, o que te motivava, era o meu bem-estar, meu amor, de uma vida inteira: oh, qual borboleta, tão mais colorida!
Voando por entre buganvílias e orquídeas, de imensos campos, a perder de vista.
Jorge Humberto 31/08/11
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