
No desabrigo da infelicidade
Data 31/08/2011 21:39:44 | Tópico: Poemas
| No rasgo da memória sofrida uma ténue recordação onde se abriga o desejo
Não se sentem os sentidos de quem se encontra perdido sem fuga aparente das normas da consumação e dos atritos sequenciais
A visão turva encadeia cada horizonte que a vista já atropela
Não se respiram os balidos nos gemidos do corpo parido que logo fica doente perante tanta constatação sem recurso a rituais
A bala anda à solta no desencontro do seu destino que mais profundo se torna
O sol jamais se alcança nesta felicidade por demais escorregadia
O homem esse não dorme mas também não sobrevive a tanto rude golpe que lhe penitenciam a morte como simples tormento
António MR Martins
2011.08.31
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