Meu amor, lembra-te que de ti não me esquecerei, e que virá o dia, em que ficaremos juntos, desfrutando de nossa velhice.
Das flores veremos a sua beleza, engalanando jardins enamorados, que, com nossas mãos, ao chão deitaremos, as sementes ditosas.
Crescerão as heras, na casa grande, qual quadro vivo, que se espalha, ornando e dando às paredes brancas, o verdor fresco, de tudo o que viça.
Na predilecta janela, esperarás por mim, bordando lindos napperons, que me farão sonhar tua presença, na vontade de te ter, junto de mim.
E regressado de minhas andanças, virás ao meu encontro, braços abertos, que, de peito com peito, se darão, à perfeita harmonia, que o amor rege.
E em minhas mãos, uma flor silvestre te porei no cabelo, enfeitando teu rosto bonito, no realçar de teus olhos, de minha eterna perdição.
E pela janela, que aguardando ficavas, nos sentamos, de mãos dadas, erigindo palavras, de bem-querer, e enobrecendo a nossa honrosa virtude.
E nessa constante disposição, que flameja e alimenta o nosso amor, eu serei teu e tu serás minha, pra toda a eternidade, a nós devida.
Jorge Humberto 02/09/11
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