SEM RUMO

Data 06/09/2011 22:58:45 | Tópico: Poemas -> Amor

O balanço do barco na proa
Embala em mim, a solidão
O mar, cor de neve, da garoa
Turva-me a vista, sem visão

Uma garoa repentina
Cai do céu, escondendo as cores
Fina como a neblina
Comum entre os açores

Estou longe, muito além
Rodeado de água e céu
No barco sem ninguém
à deriva, jogado ao léu

Olho para a revolta das águas
Imagino o que a causou
Talvez um amor tão grande qual o meu
Por isso o mar se revoltou

Então recolho a âncora e retorno
Volto à terra, para o cais
Deixo lá o meu amor
Pois não vou te amar mais.



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