Seixos, que no rio, fazem lindos empedrados, formam pequenas ondas, na superfície das águas, junto às margens, que as delimitam.
No corrupio, de sua dança líquida, há um ziguezaguear, deveras plácido, junto à orla, do pequeno rio, viçando aí, belas flores silvestres.
Ladeado por árvores frondosas, que tocam levemente, o azul dos céus, suas raízes são como longos braços, que, no chão, se perdem.
E no cimo de suas copas, por galhos, escolhendo seu poiso, pássaros vários, entoam belíssimas sinfonias, ecoando por entre frestas e arbustos.
Entrelaçado na ramificação profusa da mata, há um pequeno barco esquecido, corroído pelas agruras do tempo, e pela vastidão de um bosque cerrado. Mais ao fundo, junto a uma rocha primitiva, o que resta de uma casa abandonada, ainda emite sons, parecidos com risos de crianças.
E há uma liberdade que emociona, a quem repara este pedaço de terra e de água, na rudeza mais pura, da prestativa natureza, a se mostrar. Jorge Humberto 08/09/11
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