PROTEGIDO POR FORTALEZA (Jairo Nunes Bezerra)
Há vários meses, precisamente em 29.01.2002, nesta localização do bar, ouvindo o mesmo barulho das ondas do mar, fiz um poema “DESABAFO”. A ocasião era apropriada: Havia rum, coca-cola e predominava uma tristeza tumular. E corroborando com a consternação, havia, na mesa vizinha, um tufo (porção de flores) E foi nesse estado conturbado que o poeta sentiu-se inspirado e o desabafo ecoou pelo espaço penetrando na aragem vinda do oceano. O mar, antes esverdeado, tornou-se azulado ante a presença do rum. E o poeta exaurido e perplexo, recebia o bafejo das águas com salinidade recusando o próximo entardecer. Mas a noite chegou! Chegou sorrateiramente impondo ao poeta o recolher DESABAFO
Vida vazia... Algo me falta... O desejo do nada prevalece... É como a esperança fosse assaltada, E com cansaço, desfalece!
Olho para nuvens pensativo... Vejo sempre tua imagem à minha frente! Sabes muito bem: de te sou cativo, Não podia ser diferente!...
Sempre te amei perdidamente, Na vida, jurei-te amor eternamente... Perto de ti minha opção é ficar!
Se a natureza ostentar o contrário... Se não prevalecer a prece do meu rosário... Este corpo não vai mais te amar!...
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