IDAS E VOLTAS SAUDOSAS (Jairo Nunes Bezerra)
Não sei se estou vivo?...Meus olhos vagueiam pelo espaço... Pela manhã eles avistam o Sol com todo seu esplendor. À noite, a Lua solitária também é vasculhada com os olhos do coração! No terraço amplo, a rede branca oscila no seu vaivém rotineiro. A poucos passos, sobre um tamborete, jaz uma garrafa de vinho com apenas um terço de sua capacidade, já condenada para consumo. Os dois terços restantes foram ingeridos num momento de nostalgia . O vinho não necessitou de geladeira. O Ar da madrugada o congelou!...Fui até a cidade, onde, à frente de um surrado micro, faltando no teclado as letras A, P e G, consegui compor três poesias e enviá-las para Usina de Letras. Os poemas apenas foram produtos do momentos em que vivo abraçado ao meu violão! Regressei já noite, 20,10 horas e percorri 83 quilômetros. Ao aproximar-me da fazenda, ainda bem longe, já vira a luz da fogueira e mais próximo, senti o cheiro do café, tão puro se apresentava o ar. Aqui estou. Já recebi uma cascata d’água fria. Só falta o jantar e depois voltar a vaguear pelo espaço e liberar da minha garganta o grave com exposição de belas música sertanejas !... Talvez amanhã faça o mesmo percurso, se novas idéias surgirem! [center] [/center]
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