
Lixo
Data 14/09/2011 17:05:45 | Tópico: Poemas
| Coisas sujas, putrefactas, Contudo, expostas, à vista de todos Como sacos de entulho que restaram das obras Amontoam-se e reproduzem-se por todo o lado. Deveriam estar escondidos, envergonhados alguns, Não estão. A cegueira é colectiva. Chamam-lhe aceitação, resignação, religião… Falsidades, Temperadas com laivos de arrogâncias intolerantes, Que à força de repetidas lá se tornam em verdades, São a argamassa de que são feitas as nossas casas Os nossos lares… Enganos. Decepções. Humilhações. Arrogâncias diversas…Frustrações. Vivem connosco no dia-a-dia, Placidamente, num fatalismo rancoroso. Vermes negros, esguios, roem-te o cérebro… Alimentam-se de ti até seres apenas A capa exterior de um labirinto de túneis ocos. Porque o nada não existe, és o teu próprio fantasma Num mundo povoado por sombras iguais a ti.
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