Eternizasse a chama do tempo

Data 06/10/2011 15:35:57 | Tópico: Poemas

Uma árvore mansa
morre nas bermas do caminho
descansa dos raios de sol,
procura a lua
o esconderijo das estrelas.

Entrega ao Outono
as folhas verdes
nas vestes amarelas…

Cantam sinos a rebate
no alto da torre dormente,
o âmago estremece com eles
neles palpita
no descompasso das horas…

Os olhos transpiram sal
os lábios fervem clamor,
eternizasse a chama do tempo
as rugas decaem
das palmas das mãos cansadas…

A escada é íngreme
nada é visível
a voz desapegasse do silêncio,
já nem o silêncio responde
está mudo
nas esquinas de um vértice
acolhido na insónia do dia…




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